segunda-feira, 24 de março de 2014

Livre!

Existem coisas que não precisam fazer sentido, como por exemplo, o porque de eu estar escrevendo em um caderno do meu irmão, com um lápis quebrado a essa hora, nesse frio...
Ou melhor! Isso faz muito sentido.
Porque se eu deixar pra escrever depois, ou amanhã, pode ser que eu esqueça (não, não esqueci e não vou esquecer nada, nadinha).

(dê play)


E se eu me perder no que estou escrevendo é porque parei para olhar o nada e viajar entre meus devaneios e lembranças, que estão agitando minha cabeça nesse instante. Uma enchurrada de pensamentos a 200 por hora.

E se meu coração explode em batidas frenéticas e tremores, como se fosse a primeira vez. E se o nó está na garganta, me fazendo sorrir e não chorar, isso sim, é sem explicação.
Hoje me senti livre, como ha tempo não me sentia.

E sei que a certeza ainda não está comigo, mas nesse momento ela me parece desnecessária. Só quero lembrar do que nunca esqueci e querer mais uma vez o que nunca ousaria deixar de querer: Lembrar que nasci e querer apenas viver, livre.
Sem necessidade de garantias...
Quero explodir mais uma vez, sem medo de me apagarem, sem medo de apagarem minha chama.

Imagens não são capazes de descrever certas coisas e palavras nunca saberão explicar o que nos acontece. Porque almas não são para serem descritas ou explicadas.
Porque eu nunca quis, não quero e não vou querer, como disse Cassia Eller, alguma explicação.
E eu podia parar de escrever agora, com essa super frase de efeito, mas o lápis não para.
E palavras bonitas como PARADOXO, UTOPIA e PREFÁCIO, são para serem escritas, ditas, ouvidas, sei lá...
E agora, palavras jorram entre meus dedos. Problema é quando elas saem mais rápido do que eu consigo escrever...

Hoje eu fui tempestade, chuva e ventania.
Hoje fui calmaria, fui vento de agosto em março, fui frio de outono e calor no coração, de verão.

Um dia me disseram que quem duvida da vida tem culpa e quem evita a dúvida também tem...
Hoje me disseram que somos quem podemos ser e sonhos que podemos ter... e teremos...
Hoje me lembraram qué o acaso é hipócrita, porque ele depende do que já aconteceu e do que ainda vai acontecer, sempre por algum motivo. E que um dia, tudo fará sentido.

Mas será que vou parar e lembrar de você? Ou vou parar e olhar pra você?

por: SSpohr

2 comentários:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=NLQXKd_C3ng

    ResponderExcluir
  2. "E o estar-se preso por vontade... [...] Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem..."

    ResponderExcluir