és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis;
a detestável vida
ora oprime
e ora cura
para brincar com a mente;
a miséria,
o poder,
ela os funde como gelo.
Sorte imensa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má,
vã é a felicidade
sempre dissolúvel,
nebulosa e velada
também a mim contagias;
agora por brincadeira
o dorso nu
entrego à tua perversidade.
A sorte na saúde
e virtude
agora me é contrária.
dá e tira
mantendo sempre escravizado.
nesta hora
sem demora
tange a corda vibrante;
porque a sorte
abate o forte,
chorais todos comigo!
"O Fortuna é um poema que faz parte dos manuscritos de Carmina Burana, criado aproximadamente entre os anos de 1100 e 1200, dedicado à Fortuna, deusa romana da sorte e da esperança. O poema foi escrito em latim medieval sem levar a métrica latina clássica; ao invés disso, foi escrito com um estilo originado do alto alemão: o Vagantenlieder, um estilo típico dos goliardos. Sua fama atual em todo o mundo se deve ao fato de que Carl Orff compôs a música para este poema e colocou como parte de sua cantata Carmina Burana."
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