Esse é um texto escrito em 2007, publicado primeiro na revista Arscientia.
Todo fim tem um começo.
Este começo não é sempre o começo lá no comecinho mesmo,
mas um começo que se dá bem depois de começado. É o começo do fim.
O fim, por sua vez, é único, exclusivo.
E se separa dos começos pelos meios, ou pelos “entremeios”. Entretanto, o que seriam estes entremeios?
Dependendo do ponto de vista, este entremeio nada pode ser
senão mais um começo do fim... A retomada é um começo, a mudança,
a reviravolta, a estratégia nova, até mesmo a apatia.
Se a “história” não acabou, se não chegamos a um fim... É ainda começo.
Outro começo, um novo começo, o mesmo começo de sempre...
Um re-começo, sempre...
O que realmente importa saber é que finis origine dependet
(o fim depende do começo), é o único saber que importa.
O começo de toda história é diverso e inúmero... É mutante.
O que permite à história, e ao fim, um constante refazer-se.
Assim, a re-tomada é, por princípio, um re-começo.
Toda história que não tem um fim pronto, determinado, existente,
tem vários começos e está em constante re-fazer-se; recomeçando sempre...
Até que se chegue ao fim.
Por outro lado, toda história que já possui um fim, ou tem “tal” fim por objetivo,
não deveria ter outro começo senão: “O fim começa assim”.
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