segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Entrou no banho sem pressa de sair.
Quis ficar por lá mesmo, escorrer pelo ralo, sumir.
Deixou a água quente cair sobre as costas com peso de toneladas.
O choro subiu até a garganta, mas nem uma lágrima caiu.
Sentiu saudades de chorar, descarregar o coração aflito e sentir a dor.
A dor era diferente, era incógnita. Nem sabia os motivos dela.
Será a dor do amor? Ou da falta dele...
Estava perdida por um caminho cheio de curvas e cruzamentos.
Saiu...
Enrolou a alucinação e pôs fogo. Queimou...
Ansiosa por inspiração, reflexão.
Não vale a pena, ela disse.
E voltou para a realidade de mais uma ilusão.