Aqui tem, uma casa vazia. Um lar que lança poucos lances de
luz e exala cheiro de brisa.
Tem um banco no meio do caminho, esperando ser
pausa.
As cores estão ali, mas parece que vão sumir.
Sem querer o frio invade pela porta, deixando passar pelos
cômodos o ar de mudança.
Tudo se ajeita, tudo se bagunça.
Não sei se é uma questão de saudades, talvez mais seja medo
de esquecer dos instantes de riso, de lágrima, de esperança e desespero. Os
instantes de sonhos e experiência.
Parece que o livro vai se escrevendo rápido demais.
E logo outra chave será necessária, porque a porta já não é
a mesma.